segunda-feira, 9 de julho de 2012

Politica a mais bela arte? Ou a mais cruel? política pode ser a mais bela arte de se fazer o bem al próximo. Mais pode-SE tornar a mais cruel quando se é praticada por gente, sem qualquer preparado ou senso de sensibilidade. Neste pequeno pronunciamento podemos notar isto que me refiro.

METEU FOGO EM ROMA só para se divertir A imprensa noticiou, fartamente, que as “casinhas” de treze famílias pobres, que a Prefeitura de Martinópolis tolerou em terras públicas por mais de 15 anos, ruíram por terra, em 4 de setembro, sob a força dos tratores pesados que o prefeito mandou contra elas. E quem pensa que o algoz esteve por lá para comandar o ato de guerra está enganado. Ele ficou do outro lado da Represa, em bangalô de luxo, comandando a ação bélica pelo telefone celular, beliscando caviar, e bicando refrigerante light com uísque importado. Rezam as crônicas, que imperador Nero mandou atear fogo em Roma, para se divertir com o sofrimento alheiro e assistiu o espetáculo “bem acompanhado”, ao som de músicas maravilhosas e ao sabor de bebidas especiais. Amanhã, quem sabe, algum almanaque, contará que um prefeito malvadeza imitando, ao seu modo, aquele gesto tresloucado, mandou tratores pesados destruir “casinhas” humildes, num município pobre, sem opção de renda para o povo, talvez, porque até fisicamente se parecia com o imperador romano. Sabendo que os assentados pediam, quase de joelhos, para que os deixassem fazer manualmente a demolição, de forma que os materiais usados pudessem ser reaproveitados em outro lugar, que esperavam da prefeitura, malvadeza foi peremptório: Queru tudu nu chão! Elis já teve muitu tempu pra demuli e num si mexeru. E os tratores roncaram como ele. Telhados e paredes desabaram, até, sobre,móveis e utensílios. Assentados, suas crianças e suas mulheres assistiram a violência, que doeu fundo. Famílias que já tinham iniciado a desocupação, mas estavam na roça “prá ganhar o dia”, na volta para casa, só encontraram escombros. Saqueadores levaram os bens que restaram sob os destroços.. Para lhes lavar alma dolorida pelo golpe e o corpo sofrido de viver na dificuldade, o céu chorou uma chuva pesada e fria, que os pegou ao desabrigo e varou a noite da sexta feira mais triste de suas paixões dolorosas. Ninguém, lhes estendeu a mão. Solidariedade, só dos vizinhos que tem o mesmo problema fundiário e temem pelo pior. Na palavra amiga, o consolo cristão de uma pobre senhora: “Suspenso entre o céu e a terra..., cravado no madeiro da cruz..., Cristo , ainda, teve o peito rasgado pela lança de um covarde.” “Da etérea plaga”, “das nuvens entre as gazas”, o nosso poeta mais corajoso, com certeza, bradou indignado : “Senhor Deus dos desgraçados,/ Dizei-me vós, Senhor Deus/ se eu deliro... ou se é verdade,/ tanto horror perante os céus! (Síntese de pronunciamento do vereador Luiz Leite – PMDB – na tribuna da Câmara de Martinópolis.) -

2 comentários:

  1. Nossa Professor eu me lembro de ter lido isso no jornal.
    Agora é o momento de lembrarmos dessas coisas.
    Obrigado ,não podemos esquecer o que foi feito no passado de maldade.

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  2. Que bom ler isso aqui novamente tinha me esquecido,nesta época todos os políticos ficam bons,mais ainda bem que temos gente como senhor Professor que nós lembra dessas coisas.
    Foi muito triste o que o prefeito baixinho mando fazer,e agora ta ai novamente pedindo voto.
    Pelo menos o meu ele não leva nunca.

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